1
Para você não ter que dar explicações de toda ordem, mantenha-se em movimento, seja discreto,
use o foco automático e dê preferência às fotos horizontais. A rotação dos braços para o formato vertical chama a atenção e denuncia o clique.
2
Seja tolerante com os banhistas, vendedores e policiais. Eles desconhecem suas motivações artísticas.
3
Caso você seja procurado por rapazes ou meninas atraídos pela sua teleobjetiva, é porque desejam
fama e sucesso. Eles pensam que você é um paparazzi de celebridades, facilitador de sonhos.
4
Atenção redobrada com os fora da lei. Não são identificáveis, são agressivos e podem chegar às vias
de fato. Nesse caso, delete as fotos diante deles. Eles acreditam que você é fiscalda prefeitura ou colabora com a polícia.
5
Não conte com a ação preventiva da Guarda Municipal e da Polícia Militar para questões simples
de cidadania, como fila do banheiro público, etc. Diante das praias cheias, eles estão preocupados
com a possibilidade de distúrbios.
6
Caso não tenha um amigo salva-vidas, desista de subir na plataforma de observação dos postos de salvamento. O ângulo é excelente e seguro para tomadas panorâmicas, mas a burocracia da Defesa
Civil é infernal.
7
Caso você perceba que está sendo observado por um suspeito, gesticule simulando uma comunicação
por sinais à distância. Pode funcionar.
8
Tenha sempre em mente a frase do Banksy, artista de rua inglês, sobre suas ações no espaço público:
"É sempre mais fácil conseguir perdão do que permissão”.
9
Uma das maneiras de proteger a identidade das pessoas fotografadas é aplicar figuras geométricas sobre
as faces. Isso pode produzir um diálogo estético, curioso e irônico. Para isso você encontra sugestões poéticas nas obras do húngaro László Moholy-Nagy e do americano John Baldessari.
Boa Sorte!
Rogério Reis